Uma jovem de 21 anos teve o rosto gravemente ferido ao ser atingida por uma espada junina durante os festejos na noite de terça-feira (24), em Cruz das Almas, recôncavo baiano.
A vítima — cuja identidade não foi divulgada — deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento local com trauma facial. Devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Até o momento não há atualização sobre seu estado de saúde.
Contexto das festas juninas e acidentes na Bahia
As festas juninas na Bahia são tradição em todo o mês de junho, com grande popularidade em municípios como Cruz das Almas, que atraem multidões durante os festejos de Santo Antônio, São João e São Pedro.
No entanto, práticas como a chamada “guerra de espadas” — embates entre grupos que utilizam espadas de madeira ou metal — são proibidas, mas ainda ocorrem e já causaram diversos acidentes nos últimos anos.
Dados de acidentes com queimaduras e fogos
Além desse caso de tentativa de agressão com espada, a Bahia registra um crescente número de ocorrências envolvendo queimaduras durante o mês de junho. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Cruz das Almas, de 1º a 24 de junho, foram contabilizados 169 atendimentos por queimaduras, e 10 desses casos demandaram transferência para unidades de maior complexidade.
Já a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) informou que, entre 18 e 25 de junho, foram registradas 72 ocorrências relacionadas a fogueiras ou bombas — sendo 24 por queimaduras gerais e 48 por explosões. O Hospital Geral do Estado (HGE) foi o mais demandado, com 53 casos, seguido por Santo Antônio de Jesus (12), Jequié (3), Barreiras (1) e Juazeiro (3).
Ações de fiscalização e segurança
Na cidade de Juazeiro, a Polícia Militar realizou ações de fiscalização na madrugada de 25 de junho, apreendendo 20 rojões durante uma “guerra de fogos”. Três adultos e um adolescente foram detidos inicialmente, e autorizações formais (TCO) foram lavradas.
Repercussão e medidas necessárias
Este incidente reforça a urgência de medidas mais firmes contra práticas perigosas durante as festas juninas. Enquanto a tradição das festas viriliza a cultura local, é essencial unir diversão com segurança. O uso de espadas cortantes, fogueiras sem controle e explosivos continua sendo um risco para participantes e público.
Autoridades municipais e estaduais são cobradas pela adoção de estratégias de fiscalização, campanhas educativas e estrutura de emergência adequada, para garantir que as celebrações juninas aconteçam com responsabilidade e sem tragédias.
