Entidades que reúnem caminhoneiros autônomos do país estão convocando manifestações para este domingo (25), em meio a chamamentos esparsos de greve nacional de uma pulverizada categoria que enfrenta preços elevados de combustíveis, mas que segue dividida no apoio ao governo de Jair Bolsonaro.
Chamados para greves nacionais estão sendo feitos há meses por parte da categoria, mas as convocações até agora não conseguiram uma união como a que ocorreu em maio de 2018. Naquele momento, a paralisação de cerca de 10 dias dos motoristas forçou o governo do então presidente Michel Temer a aprovar às pressas uma tabela de pisos mínimos de frete que até hoje aguarda avaliação de legalidade pelo Supremo Tribunal Federal.
Segundo a CNTTL, os caminhoneiros cobrarão no domingo revisão da política de preços da Petrobras, que acompanha os preços internacionais do petróleo, e também “aprovação da aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho e julgamento da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete” pelo STF.
“Em 2018 o Brasil parou porque o diesel estava em R$ 2,93 o litro. Hoje, o diesel é no mínimo R$ 4,30 e os fretes pagos pelo transporte de cargas são os mesmos de 2018, 60% do valor do frete é gasto com combustível”, afirmou o porta-voz da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer, em comunicado à imprensa.
Procurado, o Ministério da Infraestrutura questionou a representatividade do CNTRC e afirmou que “reforça a necessidade de entender o caráter difuso e fragmentado de representatividade do setor, seja regionalmente, seja pelo tipo de carga transportada, antes de divulgar qualquer informação referente à categoria”.
“Nenhuma associação isolada pode reivindicar para si falar em nome do transportador rodoviário de cargas autônomo”, acrescentou o ministério. (R7)