
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) afirmou, em uma transmissão ao vivo no YouTube, que não pretende renunciar ao mandato, mesmo permanecendo nos Estados Unidos após o término da licença parlamentar de 120 dias, que se encerra neste domingo (20/07).
“Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, disse o parlamentar durante a live.
Eduardo está nos EUA desde março, quando pediu afastamento da Câmara dos Deputados alegando que buscaria sanções internacionais contra agentes públicos brasileiros. O pedido ocorreu uma semana antes de o STF tornar o ex‑presidente Jair Bolsonaro, seu pai, réu por tentativa de golpe de Estado.
O deputado é investigado por coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo a Polícia Federal, ele tem atuado junto a autoridades norte‑americanas para tentar obter sanções contra agentes públicos do Brasil.
Apesar do fim da licença, Eduardo não retornou ao país e não há data prevista para sua volta. Ele pode perder o mandato caso ultrapasse o limite de faltas não justificadas, conforme as regras da Câmara, após o período de recesso parlamentar. Enquanto isso, volta a receber o salário bruto de R$ 46.366,19, com desconto apenas pelas ausências.
Na mesma transmissão, Eduardo chamou sua permanência nos Estados Unidos de “exílio” e declarou: “Prefiro morrer aqui no exílio do que ser preso.” Não há, até o momento, qualquer pedido de prisão expedido contra ele.
Em declarações recentes, o ex‑presidente Jair Bolsonaro afirmou: “Se Eduardo vier para cá, ele está preso. Ou não está? Pelo que eu sei, ele não vem para cá. Vai ser preso no aeroporto.”