O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) tomou a decisão de entregar os cargos que ocupava e deixar o governo do estado da Bahia, liderado por Jerônimo Rodrigues, do Partido dos Trabalhadores (PT). Essa medida também resultou na saída do PSOL do Conselho Político, que inclui representantes de 12 legendas, além do governador e do vice Geraldo Júnior (MDB). A saída do partido da base governista ocorreu paralelamente à eleição de uma nova diretoria do PSOL no estado, que ocorreu no domingo (17).
As discordâncias públicas entre o governo de Jerônimo Rodrigues e as principais lideranças do PSOL na Bahia incluem questões relacionadas à segurança pública, questões ambientais e a relação com os servidores públicos. Ronaldo Mansur, candidato a vice-governador pelo PSOL em 2022, foi eleito o novo presidente do partido no estado e enfatizou a necessidade de um PSOL “com identidade própria” e independente.
No congresso do partido, foram listadas diversas discordâncias com a gestão estadual, incluindo críticas ao Conselho Político liderado pelo governador, que foi considerado um “espaço artificial”. Além disso, questões como a política de segurança pública, que enfrenta desafios relacionados à violência em Salvador, e a gestão ambiental do estado foram apontadas como motivos para a saída do PSOL da base governista na Bahia.